Grandes escolhas

Durante esses dias foi como se eu fosse uma marionete sem vida, sem qualquer decisão. As companhias sempre a frente (o que beber, o que comer, onde ir) sem qualquer manifestação de gosto ou opinião. Exceto quando estive sozinho – ai bastava o de sempre.

Não sei a sensação que aqueles assíduos que tanto encontro tem. Nunca mudaram, nunca fizeram diferente. Fazem da vida aquele complexo de diversão, que pigam de boate em boate ou de bar em bar. Muita das vezes optando pelo mais alto custo em troca da sensação de poder ou de glamour.

Gosto de todo mundo! Sou de todo mundo! O que não dá é esperar o sinal abrir sem observar tudo ao seu arredor, desde a velhinha na praça até o malabarista tentando ganhar um trocado. Temos grandes escolhas!

Ser Você ou ser todo mundo?

Conquistar ou deixar acontecer?

Ser um espelho ou fazer diferente?

Ficar na sombra ou fazer a sua própria?

Se sentir como hoje ou correr ao nada para sentir aquela brisa leve no rosto cheio de suor enquanto o sol se põe, longe de casa, a sumir de vista, sem problemas, sem sociedade, com aquela sensação de liberdade e poder ir mais longe, sem pensar! Sentindo apenas o cansaço corporal pelo qual nem ligo?

-Há coisas que não tem preço, como esse momento que descrevo, como esse momento de desprendi-o do meu lado racional.